N i ó b i o: A riqueza desprezada pelo Brasil. O
mineral mais estratégico e raro no mundo. Brasil exporta commodities, sem agregar valor ao produto que é nosso maior riqueza em quase 100%.
O
nióbio, símbolo químico Nb, é muito empregado na produção de ligas de aço
destinadas ao fabrico de tubos para condução de líquidos.
Curiosidade!
O
mineral mais estratégico e raro no mundo. Ligas de nióbio, como Nb-Ti, Nb-Zr,
Nb-Ta-Zr, foram desenvolvidas para utilização nas indústrias espacial e
nuclear.
O
nióbio, hoje, representa o que foi a borracha há um século para o
desenvolvimento industrial das potências mundiais da época. O Brasil, que tem o
monopólio mundial da produção desse minério estratégico e vive um Ciclo do
Nióbio, está, no entanto, repetindo erros ocorridos durante o Ciclo da Borracha
na Amazônia entre os séculos 19 e 20.
Nota aqui! Por
exemplo, embora seja o maior produtor do mundo, o Brasil deixa que o preço do
minério seja ditado pelos estrangeiros que o compram (como acontecia no Ciclo
da Borracha.).
O
nióbio (Nb) é elemento metálico de mais baixa concentração na crosta terrestre,
pois aparece apenas na proporção de 24 partes por milhão.
Quase
anônimo, entrou na lista dos "novos metais nobres" por suas
multiplicas utilidades nas recentes “tecnologias de ponta”. Praticamente só
existe no Brasil (que tem entre 96 a 97 por cento das jazidas).
O
nome nióbio deriva da deusa grega Níobe que era filha de Tântalo que foi responsável
pelo nome de outro elemento químico, tântalo. O elemento nióbio recebeu inicialmente o nome de
“colúmbio”, dado por seu descobridor Charles Hatchett, em 1801.
Não
é encontrado livre no ambiente, mas, como niobita (columbita). O Brasil com
reserva de mais de 97%, em Catalão /GO, Araxá/MG e Rondônia, é o maior produtor
mundial de nióbio, e o consumo mundial é de aproximadamente 37 mil toneladas
anuais do minério totalmente brasileiro.
O
nióbio é dotado de elasticidade e flexibilidade que permitem ser moldável.
Estas características oferecem inúmeras aplicações em alguns tipos de aços
inoxidáveis e ligas de metais não ferrosos destinados à fabricação de
tubulações para o transporte de água e petróleo a longas distâncias por ser um
poderoso agente anticorrosivos, resistente aos ácidos mais agressivos, como os
astênicos.
As
diversas aplicações do Nióbio
Entre
os metais refratários, o nióbio é o mais leve prestando-se para a siderurgia, aeronáutico
e largo emprego nas indústrias espacial e nuclear.
Na necessidade de aços de
alta resistência e baixa liga e de requisição de superligas indispensáveis para
suportar altas temperaturas como ocorre nas turbinas de aviões a jato e
foguetes, o nióbio adquire máxima importância. Podem ser exemplificados outros
empregos do nióbio na vida moderna: produção de aço inoxidável, ligas
supercondutoras, cerâmicas eletrônicas, lente para câmeras, indústria naval e
fabricação de trens-bala, de armamentos, indústria aeroespacial, de
instrumentos cirúrgicos, e óticos de precisão.
Com
o nióbio são feitas desde ligas supracondutoras de eletricidade a lentes
óticas. Tudo o que os chineses estão
fazendo, desenvolvendo-se como potência tecnológica, industrial e econômica.
Em
países desenvolvidos, são usados de oitenta gramas a cem gramas de nióbio por
tonelada de aço. “Isso deixa o carro mais leve e econômico”. Na China, são
usadas apenas 25 gramas em média de nióbio por tonelada.
Analistas
dizem que no mercado asiático estão as chances de expansão das exportações – e
utilização do minério. O Japão também importa 100 por cento do nióbio do
Brasil. No Ocidente, os Estados Unidos importam 80 por cento e a Comunidade
Econômica Europeia, 100.