O FMI prevê crescimento de 3%
para economia brasileira em 2012 e reduz projeções para o mundo.
O Fundo Monetário
Internacional (FMI) reduziu as projeções do crescimento da economia mundial em
2012 e 2013, de acordo com o relatório Perspectivas da Economia Mundial, na tradução
livre de World Economic Outlook.
Brasil, o FMI prevê um
crescimento de 3,3% da economia neste ano de 2012, abaixo da média global de 3,3%.
Caso a previsão do FMI se
confirme, o crescimento brasileiro em 2012 ficará abaixo da média mundial
(3,3%) e também da média das economias emergente e em desenvolvimento (5,4%).
O avanço do PIB brasileiro
também será menor que a média da América Latina e Caribe (3,6%), China (8,2%), Índia
(7%) e Rússia (3,3%), países que
integram o grupo dos BRICS.
Entre os países do bloco do Brics,
apenas a África do Sul terá desempenho pior que o do Brasil, com previsão de
crescimento de 2,5% em 2012.
Para 2013, o FMI projeta
avanço de 4% no PIB brasileiro, 0,2 ponto percentual abaixo da previsão
anterior, mas 0,1 ponto acima da média global, que é de 3,9%.
Em 2010, a projeção de crescimento da economia
brasileira foi de 7,5%, acima da média global de 5,2%.
A redução da perspectiva de
crescimento mundial foi motivada principalmente pela deterioração econômica na
zona do euro. "A principal razão é o recrudescimento da crise na zona do
euro, que interage com fragilidades financeiras em outros lugares", diz o
relatório FMI.
Crise na Europa também
repercute de forma negativa nas economias emergentes. "O crescimento em
economias emergentes também deve desacelerar por causa do pior ambiente externo
e um enfraquecimento da demanda interna", ressalta o documento.
A previsão anterior para a
economia mundial foi divulgada no ano passado e previa uma expansão de 4%. Para
2013, a perspectiva é de uma expansão de 3,9%, o que representa um corte de 0,6
ponto percentual.
Sede FMI |
Para 2013, o relatório prevê
uma recuperação lenta, com expansão de 0,8%. O relatório expressa ainda
forte preocupação com a saúde financeira das instituições bancárias e também
com a falta de medidas eficazes na busca do equilíbrio fiscal dos países
europeus.
"Especificamente,
preocupações com perdas no setor bancário e com a sustentabilidade fiscal
levaram a uma ampliação nos juros de títulos soberanos para muitos países
europeus", destaca o FMI.
China, o relatório prevê uma
expansão, em 2012, de 8,2%, uma diferença de 0,8 ponto percentual em relação à
previsão anterior.
Estados Unidos, apesar dos
riscos para a economia considerados pelo FMI, o relatório manteve a estimativa
de crescimento de 1,8% em 2012. De acordo com o relatório, “o impacto desses
eventos no crescimento será compensado pela forte demanda doméstica subjacente
em 2012".
Estados Unidos e Japão devem
formular implementar um plano de
consolidação factível, pois nenhum dos países pode confiar em sua condição de
refúgio seguro", sugere o organismo internacional no relatório.