Dilma Rousseff/Presidenta do Brasil |
Presidenta do Brasil
Dilma Vana Rousseff (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1947) é uma economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), e a atual presidente da República Federativa do Brasil. Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a chefia do Ministério de Minas e Energia, e posteriormente, da Casa Civil.
Nascida em família de classe
média alta, interessou-se pelos ideais socialistas durante a juventude, logo
após o Golpe Militar de 1964.
Iniciando na militância, integrou organizações que defendiam a luta armada contra o regime militar, como o Comando de Libertação Nacional (COLINA) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).
Passou quase três anos presa entre 1970 e 1972, primeiramente na Operação Bandeirante (Oban), onde teria passado por sessões de tortura, e, posteriormente, no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).
Iniciando na militância, integrou organizações que defendiam a luta armada contra o regime militar, como o Comando de Libertação Nacional (COLINA) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).
Passou quase três anos presa entre 1970 e 1972, primeiramente na Operação Bandeirante (Oban), onde teria passado por sessões de tortura, e, posteriormente, no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).
Reconstruiu sua vida no Rio
Grande do Sul, onde, junto a Carlos Araújo, seu companheiro por mais de trinta
anos, ajudou na fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e participou
ativamente de diversas campanhas eleitorais.
1985 a 1988, Exerceu o cargo de secretária municipal da Fazenda de Porto Alegre no governo Alceu Collares.
1991 a 1993 foi presidente da Fundação de Economia e Estatística e, mais tarde, foi secretária estadual de Minas e Energia.
1999 a 2002, tanto no governo de Alceu Collares como no de Olívio Dutra, no meio do qual se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 2001.
1985 a 1988, Exerceu o cargo de secretária municipal da Fazenda de Porto Alegre no governo Alceu Collares.
1991 a 1993 foi presidente da Fundação de Economia e Estatística e, mais tarde, foi secretária estadual de Minas e Energia.
1999 a 2002, tanto no governo de Alceu Collares como no de Olívio Dutra, no meio do qual se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 2001.
2002, participou da
equipe que formulou o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a área
energética. Posteriormente, nesse mesmo ano, foi escolhida para ocupar o
Ministério de Minas e Energia, onde permaneceu até 2005.
Quando foi nomeada ministra-chefe da Casa Civil, em substituição a José Dirceu, que renunciara ao cargo após o chamado escândalo do mensalão.
Quando foi nomeada ministra-chefe da Casa Civil, em substituição a José Dirceu, que renunciara ao cargo após o chamado escândalo do mensalão.
2009, foi incluída entre
os 100 brasileiros mais influentes do ano, pela revista Época e, em novembro do
ano seguinte, a revista Forbes classificou-a como a 16ª pessoa mais poderosa do
mundo.
2010, foi escolhida pelo PT para se candidatar à Presidência da República na eleição presidencial, sendo que o resultado de segundo turno, em 31 de outubro, tornou Dilma a primeira mulher a ser eleita para o posto de chefe de Estado e de governo, em toda a história do Brasil.
2010, foi escolhida pelo PT para se candidatar à Presidência da República na eleição presidencial, sendo que o resultado de segundo turno, em 31 de outubro, tornou Dilma a primeira mulher a ser eleita para o posto de chefe de Estado e de governo, em toda a história do Brasil.
2011 estava incluida na lista das 100
personalidades mais influentes do planeta pela revista Time e como a terceira
mulher mais poderosa do planeta pela Forbes.
Fonte: Wikipédia
Dilma Rousseff, em Ação para Superar a Crise Internacional, a seguir alguns tópicos...
Saúde
O que não é possível é a tese, no Brasil, de que é possível ter Saúde de qualidade sem mais dinheiro, per capita. Não é. E isso é uma obrigação minha explicar. Sabe por quê? Porque eu não posso fazer demagogia com a população brasileira. Por isso, a discussão tem de ser aberta, todo mundo participar. Também tem de ter esse compromisso legal, não pode desviar dinheiro da Saúde porque é um serviço.
Nós, no Brasil, fizemos a seguinte distinção: a Saúde pública… só a classe média… a da classe média era privada, e o nosso povão ficava com a Saúde pública. Hoje está meio misturado, mas tinha essa norma. Acontece que 40 milhões de brasileiros entraram na classe média. Eles vão exigir, de todo mundo, Saúde de qualidade. E Saúde de qualidade é isso que eu estou dizendo para vocês: precisa de gestão.
Recursos
Não sei se são [necessários] os 40 bilhões de reais da CPMF, porque talvez eu precise disso de uma forma imediata. Mas acho que é necessário recursos para Saúde. Até lá, até chegar, eu vou brigar de manhã, de tarde, de noite, todos os dias da semana, para melhorar a gestão da Saúde no país. É uma função da gente esclarecer a população, e não ter uma atitude em relação à questão da Saúde, que é a seguinte: “resolve tudo com a gestão”. Resolve não, resolve não! Contam-se nos dedos, dedos da mão, países desenvolvidos que conseguiram fazer Saúde universal, gratuita e de qualidade.
Os Estados Unidos passaram dois anos discutindo o problema de Saúde, e vocês comparem os dois. Vocês vão ver o seguinte: o nível de gasto é muito alto e o nível de cobertura é muito baixo. O nosso nível de cobertura é universal, é isso que a Constituição diz. Nós temos de garantir Saúde para quem precisar. A Saúde tem de ser fornecida para quem precisa e tem que ser de qualidade, porque também de nada adianta você falar que ela é universal e dar uma Saúde que não seja de qualidade.
Impostos
Eu queria ver que imposto é, depende muito do que se trata. Eu não posso responder teoricamente. Agora, eu te digo o seguinte: tem um problema na Saúde, eu vou falar qual é o problema. Tem um de gestão. Eu falo nele porque passo todos os dias, os sete dias, pensando nele. Qual é o problema de gestão? Hoje, por exemplo, nós não temos todas as informações para saber quantas vezes o setor usa recursos do SUS [Sistema Único de Saúde], e qual é o nível de reembolso.
Nós não sabemos se uma pessoa faz mais de três tomografias numa mesma semana. Pode não fazer, estou te dizendo o que nós não sabemos, hipoteticamente. Temos problemas de falta de médicos, temos problemas que nós… temos, por exemplo, mamógrafos. Vou te falar de mamógrafos, que foi uma das coisas, foi a primeira que eu implantei.
Temos 1.500 mamógrafos no Brasil, no Sistema Único de Saúde. Eles, teoricamente, seriam suficientes para atender as mulheres e a demanda. Mas tem mamógrafos quebrados, encaixotados, não usados, e usados abaixo da necessidade. Então, tem de melhorar a gestão, tem de torná-la também mais humana. Quantas vezes a pessoa fica parada, esperando, e não é atendida? Quantas vezes uma criança que precisa de atendimento? Enfim, você tem um problema no Brasil, de gestão, sim. Nós temos de melhorar a gestão e transformá-la.
Este país é um país que é o maior deste continente, em termos de economia, em termos de população e em termos de potencial. Ora, este país gasta 42% a menos, per capita, do que a Argentina gasta em Saúde. Este país gasta 27% a menos, per capita, do que o Chile gasta com Saúde. O setor público gasta duas vezes e meia a menos do que o setor privado na área de Saúde. Isso significa uma coisa que todos temos de ter consciência: se você quiser um sistema universal de Saúde, gratuito e de qualidade, nós vamos ter de colocar dinheiro na Saúde e colocar gestão na área de Saúde, as duas coisas.
Crise internacional
É necessário que se discuta porque o problema do mundo não é necessidade de dinheiro. Nos Estados Unidos, você tem o acesso de recursos dentro das empresas. Então as empresas têm recursos para investir, elas não têm é confiança. Por quê? Porque as condições de consumo foram deprimidas. Não se restabeleceu a disposição das pessoas consumirem porque os níveis de endividamento das famílias nos Estados Unidos foram muito altos. Reciclou-se a dívida dos bancos e não se reciclou a dívida das famílias.
Uma economia como a americana, que é muito movida a consumo, quando ocorre um fato desses, ela se deprime. Além do mais, o grande problema é político, é como é que se pretende resolver a crise fiscal decorrente do fato de que os governos foram obrigados a salvar os bancos quando ocorreu, em 2008, a quebra do [banco de investimento] Lehman Brothers e houve uma contaminação, por causa da bolha também, para todo o sistema financeiro internacional.
Os governos transformaram as dívidas privadas dos bancos em endividamento público porque usaram o orçamento público para permitir a reciclagem dessa dívida, o que, na verdade, em parte eles teriam de fazer mesmo porque senão você teria uma catástrofe ainda maior. Agora, há uma objeção política dentro dos Estados Unidos, por exemplo, para maior gasto fiscal, quando, na verdade, se sabe que os Estados Unidos precisam de uma iniciativa fiscal e não apenas monetária.
O quantitative easing [injeção de dinheiro na economia] não faz mais efeito, o juro está lá embaixo. Então, eu não acredito que é só uma questão de recursos. Pode ser, talvez, um aporte que todos os países resolvam fazer para o Fundo Monetário Internacional [FMI], mas eu não acho que o problema é falta de dinheiro. O problema é falta de decisão política para investir.
Crescimento da economia
Vamos fazer um esforço para chegar a 4%, quatro e pouco. Esse trimestre que fechou, nós já vimos que ele foi 0,8%. O terceiro ainda vai ser um pouco baixo e nós contamos com o último trimestre para dar um ressurgimento. Todas as decisões de investimento nas quais o governo federal tem interferência e pode influir no sentido de fazer uma antecipação desses investimentos, viabilizá-los, estão sendo tomadas, não é? Nós, agora, estamos já com quase todos os programas do governo em ritmo de cruzeiro. Ontem em São Paulo nós definimos investimento de R$ 3 bilhões.
Medidas econômicas
Não posso dizer para vocês nenhuma medida agora. O desaquecimento não é o que assusta, viu? Desaquecimento ou superaquecimento, seja qualquer um dos dois, nós temos de estar sempre alertas. Por quê? Porque nós queremos o Brasil crescendo a taxas que sejam compatíveis com a nossa economia. O que significa isso? Taxas que levem em conta a inflação – tem que crescer a taxas compatíveis – e taxas compatíveis com a necessidade de geração de emprego, de renda. Não temos, no Brasil, nenhum dos princípios que estão regendo as economias desenvolvidas, que é recessão, recessão, recessão. Aqui nós teremos crescimento, crescimento, crescimento.
Royaltes do petróleo
É necessário um acordo no Brasil sobre essa questão dos royalties. Eu acho que a gente tem dois limites: de um lado, tem de respeitar contratos existentes, porque, quando você faz a licitação dos blocos, você coloca lá alguns, vamos dizer assim, limites que as empresas pagarão de royalties e de participação especial. Então, aumentar isso não é uma questão que está na nossa mão. Agora, é possível repartir. Tem de repartir sem criar consequências graves para ninguém, porque uma pessoa não pode, nem um governo, nem uma empresa.
Nós temos uma forma que pode possibilitar que a repartição se dê sem que ninguém perca e as pessoas que não ganhavam ganhem – as pessoas que eu falo, os governos – que não ganhavam, ganhem. Por quê? Porque são rendas crescentes as do petróleo. Então, tem de ver isso com muita tranquilidade, não é algo que você fala: “Olha, vamos fazer o acordo hoje” ou ”O acordo vai ser amanhã”. O acordo sai à hora em que ele amadurece, à hora em que ele pode sair. Eu espero que saia.
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